Sempre gostei de ler. Desde quando fui alfabetizada até hoje leio tudo o que me cai na mão. Estou sempre “lendo” um livro. Leio sobre assuntos variados e não saberia citar um autor favorito. Tenho vários favoritos. Ultimamente ando mais aventureira.Mas devo confessar que é raro eu não gostar de uma história. Gosto da leitura pelo simples prazer de ver as palavras, de imaginar o cenário, de participar de outras histórias ou de repensar alguns pontos - no caso de livros de não-ficção.
A familiaridade com os livros leva à um outro interesse: a escrita. Dos meus tempos de ginásio lembro das aulas “Técnicas de Redação”, encarada pela maioria dos alunos como “aula vaga”. Foram naquelas manhãs que eu percebi que brincar com as palavras, esticá-las, espremê-las, multiplicá-las, também era tão legal quanto ler. Era com prazer que encarava os temas que a professora indicava e os elogios que recebi só me faziam gostar mais ainda das letras.
Minha auto-crítica sempre foi a mais severa e não ouso dizer que tenho talento para a coisa. O que sei é que gosto de escrever, pelo simples prazer de brincar com as palavras.
Quando a proposta única e exclusiva era ter um espaço virtual para escrever. Escrevi muita coisa. Coisas do cotidiano, coisas que passavam pela minha cabeça, coisas que achei que podia criar. A questão é que a escrita é exatamente como um exercício físico: quanto mais se pratica, mais facilidade se tem. Se não pratica, percebe-se “enferrujado” e o primeiro parágrafo depois de um período de ausência é sempre uma complicação.
Aos que me visitam esperando um diário virtual, sinto muito decepcioná-los. Não sou fã do estilinho “hoje fiz isso, isso e aquilo outro”. Quem vem aqui esperando encontrar uma " Bula histórica", enganou-se também, mas quem pensa em informações sobre a sensibilidade, cotidiano, o emocional, o imaginário, talvez seja um "prato cheio". Não porque eu seja a última edição do Guia 4 Rodas mas porque tudo isso faz parte da minha vida .E é isso que que tenho escrito é: um pouco da minha vida. De tudo um pouco e muitas coisas sobre nada.
Não pense que escrevo aqui o meu mais íntimo segredo pois há segredos que não revelo: há muitos segredinhos primários que eu deixo que se mantenham em enigma. - Clarice Lispector em “Um Sopro de Vida”
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