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Ne me quitte pas!

Maysa foi passional em todos os seus sentidos, amou demais, bebeu demais, tomou remédios demais e cantou belamente demais.

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ilustração Audrey Kawasaki
Uma mulher avessa a sua época que encantou o mundo e se desencantou. Tinha uma dor latente em seu peito que exalava em letras de lágrimas.

Marido e filho foram coadjuvantes nesta história, em sua passionalidade só havia espaço para um amor: a música.
Foi uma esposa displicente e uma mãe ausente, mas quem disse que uma mulher precisa desempenhar todos os papéis brilhantemente?

Cobranças de uma sociedade que não admite papéis nada convencionais, principalmente sendo uma mulher. Maysa foi transgressora, ousou, cantou com sua alma, sem máscaras, sem medo de dizer o que pensava e isto assustava.

O sucesso e a bebida não lhe permitiram dividir, a sugaram por completo. Havia egocentrismo sim, seu mundo e sentimentos eram mais importantes até que o seu próprio filho, mas quem não erra em suas tentativas de acertar. Por vezes, seu mundo caiu e como na letra da música...

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