O tempo faz milagres mesmo... e a cada dia que passa descubro coisas ao meu respeito, principalmente aquelas que eu tinha jurado não ser capaz de fazer. Descobri o quanto tenho que crescer, descobri o amor das pessoas, a grandeza do mundo, a força do pensamento, o quanto é importante fazer o bem, respeitar o próximo e acima de tudo, valorizar a quem está do nosso lado. Aprendi que nada nessa vida é por acaso, nada nessa vida é por querer, tudo nessa vida tem um preço e se vc quiser, tem que pagar pra ver, mesmo! Descobri que não há amor melhor do que o amor que ainda está por vir, que os cachorros nos amam incondicionalmente e que pode o mundo ter caído na sua cabeça, eles dão um jeito de se enfiar debaixo dos encombros pra ficar com vc! Que os amigos, são pra sempre, que pai e mãe, deixam de se-los para por fim se tornarem nossos melhores amigos.Que fazer a escolha certa é fundamental, estar do lado do bem ainda mais, e que muitos dos seres humanos, não prestam mesmo! MAs os que prestam, olha que legal, podem estar exatamente do seu lado. Precisamos aprender a olhar melhos o mundo, a sacar melhor as pessoas e entender que as necessidades de cada um são definitivamente, de cada um e tem que ser respeitadas.Que o amor não tem forma, mas tem cheiro, tem gosto hora e local pra acontecer, basta estar lá e não faltar ao compromisso, senão ele vai embora junto com o vento, que quando parar de soprar vai parar nos pés de alguém que precise tanto quanto eu. Mas acima de tudo descobri que estou satisfeito com a minha tragetória e que quero fazer muito, muito mais e quero agradecer a todos que me mostraram o sentido da vida, que é o amor!Às pessoas que demostraram carinho, afeto,respeito...
Outra parte constante da minha caminhada histórica pelos estudo de gêneros, foi meu encontro com Michelle Perrot...ela e só ela para tornar a mulher detentora do espaço público!!
Estamos perante «uma» história das mulheres porque Michelle Perrot não pretendeu escrever uma história geral das mulheres e sim a «sua» história das mulheres, num tom muito pessoal, embora sem esquecer nunca a sua perspectiva de historiadora, assim como sem perder de vista que se trata também da história das relações entre os homens e as mulheres. Como mudam as aparências, a sexualidade, a maternidade? Quando nasceu o desejo de ter um filho? As histórias de amor têm uma história? A prostituição é realmente «a mais antiga profissão do mundo»? Que papel desempenharam as religiões na vida das mulheres? Porque foram queimadas as feiticeiras? Por que é que foi tão difícil o acesso ao saber, à leitura e à escrita? Como mudaram as formas de trabalho? Por que razão a politica e a criação, sobretudo artística, são tão fechadas às mulheres? Podemos falar de «revolução sexual» no último meio século? Ela é fruto da modernidade? Do desejo das mulheres? Que papel desempenharam as mulheres nestas mutações? Qual é o peso do(s) feminismo(s)? Este livro pretende descrever a luta das mulheres pela sua existência integral, em igualdade com os homens, uma luta que ainda hoje importa travar.
É esta a pergunta colocada no livro de Laure Adler e Stefan Bollmann, Les femmes qui lisent sont dangereuses, um livro ricamente ilustrado com imagens de mulheres em comunhão com os livros. Este livro apresenta-se como uma prova, uma afirmação de que as mulheres e os livros sempre foram cúmplices. Basta folhear esta obra para entrar no seu propósito. Desde que a pintura existe no Ocidente e que a fotografia a veio completar que as mulheres são representadas com um livro na mão.
As mulheres lêem e sempre leram é esta a verdade.Esta obra tem o mérito de nos despertar para esta realidade que embora conhecida não estava escrita.As imagens aqui reproduzidas mostram mulheres entregues de corpo e alma a esta formidável actividade mental: a leitura. Com olhares sonhadores, ou concentrados, corpos franzinos ou arredondados, dedos finos e mãos graciosas, as mulheres que lêem são belas e transbordam felicidade. Nuas ou habilmente despidas resplandecem em toda a sensualidade junto de um livro .Mas os prefácios de Laure Adler e de Stefan Bollmann despertam para a verdadeira realidade, a verdade e o silêncio das representações: derrière le bonheur de la femme qui lit court une réprobation toujours renouvelée, qui va jusqu'à la persécution. Car son plaisir est une honte, et son abandon, un vice. Laure Adler escreve «Les hommes prennent - souvent - les femmes belles pour des connes». Tantas perguntas outras tantes reflexões.Um bom livro para ler neste tempo estival.
Divulgar a vasta produção de conhecimento no campo dos estudos feministas e de gênero, buscando dar subsídios aos debates teóricos nessa área, bem como instrumentos analíticos que possam contribuir às práticas dos movimentos de mulheres. Para mim é uma grande expedição a "verdade".
Os destinos da diferença sexual na cultura contemporânea.
Parte-se de uma reflexão sobre as mudanças ocorridas no campo das sexualidades como conseqüência do movimento feminista nos últimos 50 anos, principalmente a ruptura das fronteiras entre homem-público e mulher-privado, para, a partir daí, demonstrar como deslocamentos do feminino em meio à crise do masculino constituem um novo topos para pensar a diferença entre os sexos na cultura contemporânea. Em seguida, com base em algumas das principais teorias sobre a questão da diferença na atualidade, procura-se pensar que não estaríamos nem mais em um território totalmente ancorado na 'dominação masculina', nem tampouco em um terreno caracterizado pela total 'indiferença'. Uma nova possibilidade de diferenciação se anuncia e com ela um novo esboço do feminino.
Escritora francesa e feminista, Simone De Beauvoir nasceu a 9 de janeiro de 1908, e faleceu a 14 de abril de 1986, em Paris. Participante do grupo de escritores filósofos que deram uma transcrição literária dos temas do Existencialismo, ela é conhecida primeiramente por seu tratado Le Deuxième Sexe (1949 - O Segundo Sexo), um apelo intelectual e apaixonado pela abolição do que ela chamou o mito do "eterno feminino". Esta notável obra tornou-se um clássico da literatura feminista.
Educada em instituições privadas, Simone depois freqüentou a Sorbone onde, em 1929, concluiu filosofia e conheceu Jean-Paul Sartre, mantendo com ele um companheirismo por todo o resto da vida. Ela ensinou em várias escolas (1931-43) antes de voltar-se para escrever para se manter. Em 1945 ela e Sartre fundaram e começaram a editar Les Temps modernes, uma revista mensal, da qual eles próprios eram os principais colaboradores.
Suas novelas abordavam os principais temas Existenciais, demonstrando sua concepção do compromisso do escritor com sua época. L'Invitée (1943 - "A convidada") descreve a destruição do relacionamento de um casal sutilmente provocada pela permanência prolongada de uma jovem em sua casa, e também trata do difícil problema de relacionamento de uma consciência para com outra, cada consciência individual sendo fundamentalmente predadora da outra. De suas obra mais a mais conhecida talvez seja é Les Mandarins (1954; Os mandarins), uma crônica da tentativa dos intelectuais do pós-guerra de deixar seu estatus de elite educada, "mandarins", para se engajarem no ativismo político, uma lição que os intelectuais de esquerda seus admiradores aprenderam com rapidez em todo o mundo.
Ela também escreveu quatro livros de filosofia, Pour une Morale de l'ambiguité (1947 - "A ética da ambigüidade"); livros de viagens sobre a China La Longue Marche: essai sur la Chine (1957 - A Longa Marcha: ensaio sobre a China) e L'Amérique au jour de jour (1948 - "A América dia a dia), e vários outros ensaios, dos quais o mais conhecido é o referido "O Segundo Sexo".
Vários volumes de sua obra são devotados a autobiografia. Esses incluem Mémoires d'une jeune fille rangée (1958 - Memórias de uma filha diligente), La Force de l'âge (1960 - O vigor da idade), La Force des choses (1963 - A força das coisas), e Tout compte fait (1972 - Tudo dito e feito). Esses trabalhos mostram um retrato claro e significativo da vida intelectual francesa dos anos 30 aos anos 70.
Preocupada também com o problema da velhice, que ela aborda em Une Mort très douce (1964 - "Uma morte suave"), sobre a morte de sua mãe num hospital, e La Vieillesse (1970; Old Age), uma amarga reflexão sobre a indiferença da sociedade pelos velhos. Em 1981 ela escreveu La Cérémonie des adieux ("Cerimônia do adeus"), um doloroso relato dos últimos anos de Sartre. Considerada uma mulher corajosa e íntegra, Simone de Beauvoir viveu de acordo com sua própria tese de que as opções básicas de um indivíduo devem ser feitas sobre a premissa e uma vocação igual para o homem e a mulher fundadas na estrutura comum de seus seres, independentemente de sua sexualidade.
Amor libertário é amor incondicional, outrora é amor possessivo.Simone e Sartre construíram a mais bela lenda filosófica de amor de todos os tempos. Embalados na elevação intelectual, essa relação durou cinqüenta anos, essencialmente definida em termos de liberdade e transparência. Entre o dualismo Kantiano de verdades necessárias e verdades contingentes, Sartre afirmava que o amor entre eles era um amor necessário, convindo que conhecessem amores contingentes, ao passo que, acredito de fato, somente os tornavam mais unidos em seus emaranhados de eternas conquistas e companheirismo nas superações intelectuais.Nos apelos da sociedade moderna, seguimos a olhos fechados um amontoado de preceitos pouco dialéticos, cujos ditos por moral e aceitação social, nos deixando à mercê do esquecimento sobre os verdadeiros valores que nos tocam.O verdadeiro amor não é moral e sim ético, o mesmo existe em liberdade, com maturidade suficiente para evitar os desgastes que reduzem a existência em possessividade.
Catherine é uma intelectual. Crítica de arte, diretora de redação da revista Art Press, foi curadora da delegação francesa na 20ª Bienal de São Paulo, em 89. Doze anos depois, em 2001, seu livro, A vida sexual de Catherine M. com ela nua, sentada, de costas, mão no cabelo, belíssima foto de Henric, na capa, foi o escândalo literário do ano. Não pela foto, pelo texto. Penso nas duas fotos, no livro de Catherine e não posso deixar de refletir sobre o existencialismo praticado por Simone e Sartre e Catherine e Henric. Embora tenham pontos em comum diferem em gênero, número e grau. É claro que o tempo de Simone e o tempo de Catherine são diferentes. Simone enfrentou o radicalismo e o reacionarismo da sociedade burguesa francesa, nos anos 30, 40, 50 e depois. Catherine está mais próxima dos nossos dias.
Simone de Beauvoir
Por:Isabel Faria
"Não se nasce mulher: torna-se mulher." Simone de Beauvoir, "O Segundo Sexo"(1949)
Noventa e oito anos depois do seu nascimento.
É natural que nem todos saibam que a enigmática frase é relativa à condição e aos direitos das Mulheres e da luta que a mulher teve para alguns deles serem conquistados. Nem que saibam desta luta muito peculiar de Beauvoir.Aliás muitas das interesadas, as Mulheres não o sabem e por isso talvez não tenham comentado. Eu como Homem venho então colocar um post para mostrar que sim há homens que se sensibilizam e apoiam a causa da Mulher.
O profissional que trabalha com a história, seja ele professor, seja ele pesquisador, tem um compromisso com a construção da identidade da nação. Na prática, percebemos uma grande disparidade entre o que se produz e o que é ensinado nas nossas escolas. Apesar da introdução de um conteúdo mais atualizado, que incentive o debate e que apresente aos estudantes História como uma disciplina dinâmica e prazerosa, é preocupante a dificuldade cada vez maior dos jovens em assimilar conceitos básicos e de associar estes conceitos a fatos decorridos em tempo e espaço diferentes.
As aulas e o trabalho na disciplina de História.
A todos os alunos dou a texto para ler. Este:
“O educador educa a dor da falta, cognitiva e afectiva, para a construção do prazer. É da falta que nasce o desejo. Educa a aflição da tensão da angústia de desejar. Educa a fome de desejo.Um dos sintomas de estar vivo é a nossa capacidade de desejar e de nos apaixonar, amar e odiar, destruir e construir.Somos movidos pelo desejo de crescer, de aprender, e nós, educadores, também de ensinar.Instrumental importante na vida do ensinar do educador é o ver (observação), o escutar e o falar. Assim como, para estar vivo, não basta o coração batendo, para ver não basta estar de olhos abertos.Observar, olhar o outro e a si próprio, significa estar atento, buscando o significado do desejo, acompanhar o ritmo do outro buscando sintonia com este.A observação faz parte da aprendizagem do olhar, que é uma acção altamente movimentada e reflexiva.Ver é buscar, tentar compreender, ler desejos. Através do seu olhar, o educador também lança seus desejos para o outro.Para escutar, não basta, também, só ter ouvidos. Escutar envolve receber o ponto de vista do outro (diferente ou similar ao nosso), abrir-se para o entendimento de sua hipótese, identificar-se com sua hipótese, para a compreensão de seu desejo.Para falar, não basta ter boca, é necessário ter um desejo para comunicar, pois todo desejo pede, busca comunicação com o outro. Também, “todo o desejo é o desejo do outro”. É o outro que me impele a desejar…É na fala do educador, no ensinar (intervir, devolver, encaminhar), expressão do seu desejo, casado com o desejo que foi lido, compreendido pelo educando, que ele tece o seu ensinar.Ensinar e aprender são movidos pelo desejo e pela paixão.”
Madalena Freire em “O sentido dramático da aprendizagem”
Olá pessoal!
Meu nome é Geovânia Estevam. Sou professora de história,interessada na área de educação. Criei um blog para trocar informações e experiências sobre formas criativas de educar, além da minha própria vivência. Seria uma honra receber a visita de todos vocês.
Grande abraço,
Geovânia Estevam